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A Justiça perfeita e absoluta, apesar de tudo.

A Justiça perfeita e absoluta, apesar de tudo.

Ricardo Oliveira (30/05/2020)

Sempre que pensamos na Justiça imaginamos a figura de uma mulher jovem, perfeita, mas que, apesar de tudo, anda de olhos vendados e empunha uma espada para se dizer imparcial.

Sabemos que não é assim.

Entretanto, sabemos menos ainda o que é justo e o que seja justiça.

Nos primeiros momentos em nossas casas e na sociedade somos educados, segundo uns e deseducados, segundo outros, modulando a nossa percepção de forma a acompanhar a cultura de cada povo.

Alguns povos têm tradições que, observadas rapidamente, dão mostras do quanto são injustas as imposições de gênero, de divisão de trabalho, de cor ou em função de credo ou de preferências políticas.

Alguns aproveitam as incertezas de qualquer decisão e imaginam que a Justiça tenha algum tipo de preferência por grupos de indivíduos ou, que ela seja alguma coisa possível de ser negociada dependendo de quem pede a intervenção dela.

E, a conversa que eu tinha com uma amiga de trabalho foi interrompida pelo motorista de taxi.

– Com licença! Disse respeitosamente e continuou: Acho esta conversa intrigante e posso lhe fazer uma pergunta?

– Claro que sim. Respondi e ele continuou.

– Qual a coisa mais importante para você no Mundo?

Eu entendi a colocação que ele fazia. Queria saber o que era mais importante para mim visto que falávamos de percepções frente a existência humana e eu respondi:

– Sobre o que falamos aqui e em resposta a você vou dizer: a Vida. A Vida como percepção se ser, de estar, de sentir o ar encher os pulmões e sair, e voltar… Sentir o que nos rodeia.

Um minuto de reflexões… e minha amiga provocou.

– E para você, devolvendo a curiosidade que ele teve em me perguntar. E ele respondeu:

– A vida, também, mas não saberia expressar assim como ele fez e, ele emendou:

– Mas a Justiça é sempre relativa. Depende de cada um salvo se for a Justiça Divina.

Óbvio que não me arrepiei, visto que ele estava bem intencionado e era um aprendiz. Por que razão, então, não deveria compartilhar o meu aprendizado.

– Quando eu falo de Justiça, amigo, eu falo daquela Justiça que quando ela levanta e abaixa a espada com a sentença, tudo cala. Ninguém desafia. Todos calam, salvo os tolos iriam ou irão desafiar uma mulher com olhos vendados e armada.

– Vou lhe dar um exemplo de Justiça perfeita. Depois faça qualquer reparo se puder.

– Duas pessoas e um bolo de qualquer sabor para ser dividido com Justiça. Uma delas diz para a outra: Você quer dividir e eu escolho ou você quer que eu corte e você escolhe? Eu disse.

A ideia da balança pareceu se materializar tal qual na época dos romanos.

Se a primeira pessoa dividir em 10%, ou 20%, ou 30% ou, ainda mesmo em duas partes iguais e a pessoa que for escolher, pegar a menor ou a maior, terá sido justo. A Justiça não depende de igualdade ou de proporcionalidade. Qualquer decisão seria e será justa e, perfeitamente justa.

A Justiça somente se realiza quando as partes em discussão sobre qualquer coisa aceitam que uma terceira pessoa decida por elas, já que elas estão em dúvida sobre qualquer coisa. Nunca há ou haverá Justiça se qualquer um for obrigado a se submeter a qualquer juízo.

Não há Justiça sob vara, sob cajado ou quando alguém é moralmente compelido a tal. Pode haver o devido processo legal, apenas. Ou pré-juízos.

E assim terminávamos a viagem e que custou naquela época algo em torno de R$ 2,75 em um valor simbólico atual. Eu só tinha uma nota de R$ 10 e ele perguntou se eu não tinha um valor mais trocado.

Eu disse para ele que eu não tinha mais trocado, mas que ele poderia cobrar R$ 5,00 pela aula que pudemos compartilhar.

Ele, então, me devolveu R$ 6,00 e a lição aprendida.

Mostrou que aprendeu que a Justiça não é uma imposição e sim um acordo civilizado entre duas partes que, livremente, decidem o melhor para todos.

Devolver os R$ 5,00 ou R$ 6,00 era igualmente justo.

Se uma pessoa simples aprendeu e retribuiu o aprendizado em poucos minutos numa conversa de motorista de taxi, por qual razão hoje, mais de 30 anos após, temos tantos juízes, advogados, doutores e crentes que não acreditam na Justiça Perfeita que é o que temos, hoje e sempre, para nos aceitarmos socialmente?

Uma RBU – RENDA BÁSICA UNIVERSAL e permanente é uma questão de Justiça Social.

O quanto deve caber a cada um dos brasileiros é tão fácil para um justo decidir quanto e como dividir um pedaço de bolo ou um castelo.

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O que as pessoas disseram sobre isso:

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