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Manifesto sobre uma
ECONOMIA  PARTICIPATIVA

Apresentação

A Economia Participativa é uma proposta para resolver os dilemas entre:

TRABALHO, TERRA e CAPITAL introduzindo a TECNOLOGIA como diferencial e tendência atual na solução  destes conflitos para frear a distorção criada pela ideologia capitalista que tornou o CAPITAL o valor objeto de nossa sociedade.

 É a proposta de uma sociedade solidária e participativa baseada em TODOS OS VALORES HUMANOS.

Tem como objetivo básico propiciar discussão a respeito da Riqueza da Coletividade[RO1]  e conceitos sobre o que sejam determinados valores[RO2]  que atuam sobre os indivíduos ditando o seu comportamento, a sua formação, a sua adequação ou marginalização no ambiente social. Como objetivo secundário, mas não menos importante desejo apresentar uma alternativa de distribuição de riqueza fomentadora de desenvolvimento[RO3]  produzindo coletividades autossustentáveis baseadas nos fatores básicos e históricos que impulsionam a Economia[RO4]  – Terra, Capital, Trabalho e Tecnologia – e nas relações econômicas que estes fatores criam relações de produção, consumo e desenvolvimento das potencialidades individuais e coletivas em ambientes determinados por identidade social e política. 

Estudo de uma Proposta Orçamentária

ECONOMIA PARTICIPATIVA

José Ricardo Cunha de Oliveira – CRC RS-027096/O-0 T-SP

BRASIL S.A.

Manifesto ECONOMIA PARTICIPATIVA    (Terra – Capital – Trabalho – Tecnologia)

Além dos discursos, das certezas e das incertezas, estão as ações.

“Estou com a idéia de que é preciso criar um novo tipo de professor: professor de espanto.  O que é o professor de espanto? É o professor que não sabe nada , ele não precisa saber nada, ele não precisa saber as respostas, mas ele fica espantado. A missão do professor seria pegar os alunos e mostrar os espantos para eles. Por exemplo: o espanto da mosca azul, o espanto dos caramujos, fazer as crianças pensarem. Ou quem sabe não professor de espanto, cada professor devia ser um professor de espantos, antes de serem professores que dão as respostas.” Rubem Alves – vídeo Os quatro pilares – Aprender, Fazer, Conviver , Ser…

Mesmo antes de ouvir falar de Rubem Alves sempre me senti movido pelo espanto, pela curiosidade em desmontar para conhecer, montar para exercitar, criar para experimentar. Temos que ter a mente curiosa e livre para podermos ouvir e filtrar o que afeta a nossa razão e não somente as nossas emoções. Nos dias de hoje, em que somos diariamente transformados em repósitórios de milhares de notícias entre milhões daquelas produzidas, é mais do que um exercício de sobrevivência abrir espaços para que a mente possa filtrar “o que é semente do que somente é uma repetição do que se mente”. É uma necessidade.

Algumas coisas que fazemos são reproduzir histórias. Aquelas histórias que se contam de pai para filho, de amigo para amigo ou de amigas para amigas ou que se ouvem das mães. Estas histórias valem mais do que noticiários de jornais, pois geralmente tem começo, tem meio, tem fim e, algumas vezes, tem uma mensagem de inteligência ou de valor para justificá-la. Livros também contam histórias entretanto, ao ler, você não está em contato direto com o autor. Alguns são bons autores e estes parecem pegar nossa mão e nos arrastar para dentro de suas histórias, bem contadas, que nos movem no tempo e no espaço através delas.

Apesar de todos os recursos tecnológicos e naturais que hoje temos não é fácil decodificar tudo aquilo que lemos ou que ouvimos e, tampouco, é fácil representar o que vemos. Uma atitude de submissão voluntária a uma ofensa gratuíta, algumas vezes, pode ser uma manifestação amorosa de perdão e de tolerância e não de aceitação da ofensa.

Hoje há uma tendência deformista em toda a mídia empresarial – mídia de negócios – em criar imagens e ideias de realidades que afrontam a razão para vender produtos, serviços ou até mesmo como propaganda para manipulação de grupos. Noticiários intercalados entre desastres de uns, sucessos de outros, mortes violentas, desrespeito ao próximo e uma propaganda de carro, cujo valor excede a capacidade aquisitiva de mais do que 90% de seus ouvintes, espectadores ou assinantes.

Chamo este comportamento social de “deformismo”. Só temos a razão como uma espécie de anteparo para nos salvar de uma aceitação de miserabilidade econômica/social que a publicidade e propaganda nos arrasta para uma servidão voluntária que tende a uma servidão compulsória se não lutarmos por mudanças.

Mudar o quê? Do que será que estes parágrafos estão falando?

Mudar a ECONOMIA.

Estes parágrafos falam da vontade e da necessidade de mudar.

Se temos vontade e/ou a necessidade de mudar, podemos mudar. Entretanto, para mudar é preciso contar uma história. Pelo menos contar histórias que ouvi e que senti lendo pessoas, tanto quanto lendo livros.

Óbvio que cada um pode interpretar o que ouve ou o que lê de acordo com a vontade que tem ou de acordo com o seu interesse pelo assunto. Esta história é mais endereçada ao segundo grupo. Àqueles que gostam de Sociedade, de Economia e de Política.

Sempre que referencio a “homem”, refiro-me a humanos na sua universalidade de gêneros, crenças, raças e escolhas que fazem de suas vidas.

Sempre que eu me refiro a uma “época” ou “era” eu refencio um espaço de tempo independentemente de um local ou ano específico.

Ao me referir a “história”  quero dizer uma “visão pessoal” sobre o que eu li, ouvi e considero uma espécie de consciência coletiva sobre relatos de fatos passados ou presentes.

Isto posto, vamos ao que importa para a compreensão de uma alternativa para resolver as dificuldades atuais que a economia enfrenta, tornando a vida mais dificil para um imenso número de pessoas para privilegiar uns poucos em razão de posses que foram apropriadas e, expropriadas em geral por antepassados e não por esforço ou por necessidade de sobreviver ou viver.

Ninguém precisa acumular bens ou valores que não irá usufruir e menos ainda se o que acumulam é produto de uma ideologia de acúmulo, de privilégios, subtraidos dos demais de forma predatória e injustificável.

Em 1999 na véspera deste milênio escrevi uma mensagem para todos e para mim mesmo para que tivéssemos uma realidade compartilhada. Uma Mensagem ao NOVO MILÊNIO


Mensagem ao Novo Milênio

Ricardo Oliveira (1999)

Que a PRESENÇA
Se revele através do CONHECIMENTO
E assim, percebamos em todos, a VIDA

Que a ARTE se manifeste
Desvelando a ALMA,
Na sua dimensão INFINITA

Que o PODER se transforme
Em instrumento de JUSTIÇA
E faça do VERBO, realizações…

Que a NATUREZA
Que se manifesta, às vezes, em DOR,
Permita TRANSCENDER

Que o AMOR
realize a HARMONIA em todas as relações…
E, que tudo isso seja VERDADE.

( Publicada na Revista Virtual na INTERNET em fins de 1999)

Nosso universo existencial e referencial não está cingido, como o universo das máquinas, em ZERO e UM. Não somos binários, como querem nos embretar as análises religiosas, econômicas ou políticas de representação. Somos múltiplos em um.

Somos uma evolução que resiste até um próximo salto e teremos que saltar se quisermos melhorarr. Temos que superar em nós a dicotomia do BEM ou MAL, do CERTO e ERRADO, do BOM e MAU indivíduo. Temos que perceber no outro qual o seu valor e o quanto ele importa e o quanto ele acrescenta a todos nós. Fazendo isso, não deixamos de ser o que somos e de fazer o que precisamos fazer.

As conversas de botequim ou de academia não conseguirão quebrar a regra que todos temos gravados em nós como valores coletivos. Não nascemos uns com QUATRO OLHOS ou DEZ OLHOS porque é uma conquista familiar e todos os demais com apenas DOIS OLHOS. Ou, uns com direito a comer e outros com “direito” à fome e ao desabrigo. Nascemos todos iguais ao respirar. Morremos todos iguais quando paramos de respirar. Não há razão alguma para dividirmos a sociedade entre aqueles que comem e vivem e outros que, se quiserem comer, terão que lutar, matar, roubar, pois tudo lhes é negado.

A vida é o percebimento de existir. Ela requer ação constante. Algumas destas ações incorporamos já em nossos corpos. Os movimentos do sistema respiratório, circulatório e digestivo são automáticos. Outros movimentos fazemos a partir de nossa vontade ou condição de realizá-los. Andar, ler, repousar.

As escolhas que precisamos, ou que devemos, podemos ou não podemos fazer em relação às consequências de nossas ações e nossas omissões determinam a vida. Muitos sabem disso e alguns tiram vantagens porque acreditam que os demais sejam ignorantes ou incapazes. Esquecem que uma jornada coletiva é a vida que nos move.

O que isso tem a ver com a nossa experiência econômica, que reflete o nosso trabalho, a nossas posses, o nosso capital e a nossa tecnologia? Tudo a ver.

Segundo a Contabilidade, tudo a HAVER e, igualmente, ao mesmo tempo, tudo a DEVER.

O desenvolvimento humano se realiza através de cooperação e oportunidade e não através de desperdíco de oportunidades em razão de medos ou de interesses pessoais.

Não nego, e tampouco quero discursar sobre competição natural ou desejos reprimidos. Quero explorar a possibilidade de construirmos uma transição que permita reparar o dano já produzido e diminuir as diferenças entre todos que a ideologia absurda de acúmulo de riquezas por uns à custa da privação de quase todos construiu ao nosso redor. Vamos dizer mais especificamente, no BRASIL até hoje, ano de 2018.

O “Mundo da Tecnologia” é diferente do “Mundo do Capital”, do “Mundo da Terra” e do “Mundo do Trabalho”.

O “Mundo das Coisas” é binário. A Tecnologia é o melhor exemplo e justificativa para que nele se estabeleça a correspondência  entre HAVER e DEVER, entre DIREITO e OBRIGAÇÃO para que possamos manter uma sociedade de respeito a cada um de seus membros e em harmonia e justiça.

O Conhecimento advém da experiência e só podemos experimentar qualquer coisa se estivermos presentes nos eventos. Podemos aceitar como verdade a experiência dos outros, mas se não aceitarmos não representará nada para qualquer um de nós.

A natureza nos traz oportunidades que podemos ou não aproveitar e, algumas vezes, ela nos traz dor e alguns transcendem enquanto outros perdoam por amor. Em meio a tudo isso, mal formados ou mal informados, desenvolvemos antipatias ao invés de empatias pessoais ou coletivas.

Divido a “História da Economia” (minha visão) em quatro períodos (épocas) a saber:

Apesar de sempre terem compartilhado Terra – Capital – Trabalho – Tecnologia nas divisões aqui elencadas, cada um dos fatores que hoje reconhecemos como modo de produção econômica exerceu uma prevalência, como o modelo determinante.

Pré História   –  Economia de Sobrevivência  –  TRABALHO

Existiam recursos naturais, a natureza e seus bens estavam presentes, mas colher, catar, caçar demandava trabalho. Quem tinha condição de TRABALHO dominava a “produção” e o consumo. Determinava a sobrevivência pessoal e do grupo ao qual fizesse parte. Com certeza os grupos poderiam realizar trocas entre indivíduos ou, com outros grupos, e alguns podiam ter inclusive ferramentas de trabalho como facas, lanças e alguma criatividade para improvisar estas tecnologias.

Talvez queiram alguns dizer que é uma visão romântica de um mundo de privações e de luta pela sobrevivência. Não me espantaria. Quero, como Rubem Alves, espantá-los para que descubram melhor o que acontece no mundo de hoje, ao nosso redor, onde ao invés do “romantismo” assistimos uma visão “deformista” tal qual a visão “romantizada” por Gorge Orwell em seu livro 1984, onde, a “paz” significava “guerra” e, a tecnologia seria uma espécie de instrumento de dominação e destruição de indivíduos. O “capitalismo” usou muito este discurso.

Que superemos juntos as nossas limitações e que façamos uma crítica racional de nossa realidade.

História Antiga – Economia de Ocupação e de Cultura –  TERRA

Quando a humanidade superou os primeiros desafios de sobrevivência, compreendendo a Natureza e os seus ciclos, podemos dizer que demos um salto. O trabalho continuou importante, entretanto onde trabalhar para colher ou para plantar passou a ser relevante e saindo das cavernas passamos a ocupar territórios. Deslocavam os animais ferozes, as florestas eram derrubadas e construíam abrigos para proteção com mais tecnologia, com mais trocas e alguns, mais espertos, ou com mais condição de força, começaram a dominar a terra e o que ela podia produzir. As trocas de produção ou de bens (suas posses) permitiu que alguns começassem a acumular riquezas. Acumular capital. O capital provém de relações de trocas em boa parte, mas naquela época, o capital, muitas vezes vinha de saques de outros povos ou de outros indivíduos. Espanha, Inglaterra e Portugal exploravam o mundo e acumulavam capitais – moedas, madeiras, especiarias – e se sentiam donos do Mundo.  dominavam e a posse de todos e de tudo que sobre elas havia.

Esta cultura de proprietários que hoje temos vem desta época. Domínio sobre alguma coisa não importando se este domínio é ou não do possuidor do ponto de vista legal, natural, legítimo ou mesmo por necessidade.

Se na Economia de Sobrevivência  eramos “todos trabalhadores”, nesta segunda fase na Economia de Ocupação e de Cultura ou “seríamos proprietários” ou “seríamos trabalhadores”, ou ainda, de acordo com a cultura, seríamos “senhores” ou “escravos”, ou mesmo,  “nobres” ou “servos”.

Desde antes dos romanos, dos gregos e dos egípcios existia moedas para representar valor nas trocas. Muitas trocas eram feitas de uma forma de escambos de outros bens que atendessem as necessidades daquelas culturas.

História Moderna – Economia de Trocas – CAPITAL

Mais particularmente na época da Revolução Industrial ,na Inglaterra, como um marco importante, com o surgimento de tecnologias de maquinarias a vapor, e mesmo antes dela, aliados a outros processos de controle de produção, como apoio da Contabilidade e o Direito, começou a fase do CAPITAL. Talvez poucos se apercebam de que esta prevalência do CAPITAL sobre o TRABALHO e a TERRA em função de estreita ligação com as estruturas de ESTADO que, através de “Leis de negócios”, permitia a uns o domínio de produção e impedia e reprimia aos demais produzir, ainda que fosse para sobreviver. Como faziam ou fizeram isso? Basta olhar os relatos históricos da transição entre a História Antiga e a História Atual da Economia.

Não é objeto deste estudo discutir especificamente as tramas que o CAPITAL criou e a ideologia que ele produziu e reproduziu, o “capitalismo” para se contrapor a outras formas de ideológicas de produção que utilizavam as mesmas tecnologias existentes àquela época, mais especificamente o “comunismo” e o “socialismo”. Os termos aqui citados são apenas referencias às formas ideológicas e não temporais.

Com avanços da TECNOLOGIA, que se expande em qualquer frente, como uma resposta criativa e geralmente revolucionária do indivíduo pela sobrevivência na sociedade tivemos nesta época, um pouco antes e durante ela o desenvolvimento revolucionário de:

  1. (1469 – 1527) e da sua DIVISÃO por Charles de Montesquieu (1689 – 1755),
  2. , ou Método Veneziano (“el modo de Vinegia”) descrito pela primeira vez por Luca Pacioli (1445-1517)  em 1494.

Ficarei nestas três grandes criações da TECNOLOGIA como mais relevantes, sem entrar no mérito de tantas outras que seguiram a estas no desenvolvimento da coletividade, pois a proposta aqui apresentada é um estudo de alternativas e não uma justificativa de razões.

O CAPITAL teve uma “visão de oportunidade” e utilizou os recursos existentes para produzir riquezas e expandir, ao mesmo tempo, territórios e domínios. Nesta ocasião  utilizou-se dos recursos tecnológicos para estabelecer sua vantagem por sobre os demais meios de produção que atendiam comunidades menores e iniciou uma expansão global por toda a humanidade. Não importava onde ficasse a TERRA (territórios e bens de produção) ou onde houvesse ou não TRABALHO (força coletora ou operacional). A TECNOLOGIA era sempre portável. Desta forma o CAPITAL levava os bens para o Novo Mundo, levava os trabalhadores através da escravidão ou banimento de suas origens ou, ainda, através da destruição de suas aldeias e meios de produção obrigava a migrarem ou imigrarem para novas Terras. Com apoio da tecnologia, o CAPITAL criava, ditava e reproduzia as novas regras de produção e de acúmulo de riquezas através da ideologia.

Do século XVII até o século XX vivemos o florecimento do CAPITAL como um elemento dominador e determinante de toda a atividade econômica. Ele gerou muitos conflitos, muitas conquistas e muita destruição de valores na sociedade.

Com as facilitações tecnológicas provocadas pela IMPRENSA, precursora da MIDIA, e o pelo desenvolvimento do DIREITO não poucas vezes associados ao CAPITAL introduziu o viés ideológico fundamentado no trabalho de Adam Smith (1723 – 1790) considerado como o pai da economia moderna, e que é considerado o mais importante teórico do liberalismo econômico.

O liberalismo econômico tomou para si o apelido de “capitalismo” e em oposição a outras formas de produção “comunista” ou “socialista”, virou o mote a ser reproduzido pela sociedade para estabelecer esta ideologia como a que produzia os melhores resultados, ainda que para isso tivesse que esconder a enorme manipulação e a extrema concentração de rendas através da exploração desmedida e desproporcional do TRABALHO e da TERRA.

A TECNOLOGIA era uma aliada, como um sócio oculto, sustentado por este CAPITAL.

Poucas pessoas tinham acesso às mídias da época a livros, boletins/jornais e aos meios de comunicação como telefone, rádio, televisões. Isso permitia que os detentores de CAPITAL determinassem os caminhos que a TECNOLOGIA deveria seguir para dela sempre estar ao seu dispor.

Então, através da MÍDIA, o CAPITAL criou vários discursos eletivos para justificar a ideologia “capitalista” e destruir outras ideias de produção comunitária ou que fizessem prevalecer o interesse social sobre o interesse individualista.

Deu certo para o “CAPITALISMO” como uma ideologia de produção econômica acumulativa onde poucos controlam a vida de muitos e concentram quase toda a RENDA de CAPITAL produzida por toda a sociedade.

Entre os discursos criados e reproduzidos, talvez o mais perverso tenha sido a desassociação do MERCADO da figura do ESTADO.

O retorno em qualquer época do desenvolvimento social se trocamos a palavra ESTADO, como governo, por MERCADO, onde se definem trocas, veremos que há uma correspondência direta. Há quase uma identidade única nesta visão da Economia.

O “capitalismo” como ideologia nega ter se desenvolvido sob a proteção do ESTADO/MERCADO e nega, até hoje, atuar diretamente como aliados permanentes gerando seus resultados em atendimento aos seus interesses. Discursam os “capitalistas” uma independência do MERCADO como algo diferente de ESTADO onde está em jogo e negociação tudo que a sociedade cria, produz, troca e onde acumulam a riqueza gerada por todos.

As conquistas da TECNOLOGIA obtidas no final do século XX e início do século XXI criaram a possibilidade de um novo salto na economia. Do final da segunda Grande Guerra, da ida ao espaço, do avanço das comunicações, tivemos uma imersão na realidade virtual e instantânea de uma forma quase incontrolável. Podemos, em segundos, estar numa conferência com pessoas em qualquer canto do Mundo. Podemos conhecer centenas de línguas e ter traduções diretas com auxílio de aplicativos de celular. Posso falar com um chinês ou um norueguês sem necessidade de intérpretes. Podemos nos informar com centenas de milhares de fontes pessoais ou coletivas de mídia.

Tentando manter seu domínio cada vez mais ostensivamente desafiado, o CAPITAL ainda utiliza o “capitalismo” como instrumento de cooptação, de subversão, de corrupção comprando conquistas tecnológicas seja na área do ESTADO/MERCADO, seja na área do DIREITO e de seus representantes seja na área de MÍDIA através de empresas e de seus representantes lá colocados para a defesa de seus propósitos cada vez mais explícitos e insustentáveis ou seja: TUDO para poucos e NADA para muitos

História Atual – Economia de Desenvolvimento – TECNOLOGIA

O quarto elemento na teorização da Economia, a TECNOLOGIA, vem hoje ocupar um espaço de prevalência, embora o “capitalismo” queira atrelar ela ao seu domínio e, através da ideologia, dizer que o desenvolvimento tecnológico é o resultado de seu esforço. Não é. Nem se pode dizer que este discurso expresse um falso positivo.

Este discurso expressa apenas a tendência que o CAPITAL replica na MIDIA empresarial para defender sua posição como matriz do desenvolvimento econômico.

Diferente do CAPITAL, que gerou uma ideologia “capitalista” e veio prevalecer nos últimos séculos concentradora de RIQUEZA para uns e de miseralibilidade para todos os demais, a TECNOLOGIA tem um viés próprio de geração de expansividade.

A TECNOLOGIA representa conhecimento compartilhado. Ela é uma distribuidora de rendas, de produção, de trocas e de desenvolvimento.

Assim como o CAPITAL através da ideologia “capitalista” se apropriou do TRABALHO e da TERRA para acumular riqueza, ele fez e faz o mesmo com a TECNOLOGIA, entretanto, esta escapa do CAPITAL por não ter ela a mesma natureza. A TECNOLOGIA pode ser gerada do zero e produzir resultados de alto valor para qualquer um dos meios de produção.

Associada ao TRABALHO, à TERRA e ao CAPITAL, a TECNOLOGIA produz resultados econômicos e, até mesmo por si só ela produz resultados que podem reproduzir outros resultados econômicos. Uma mensagem de celular, por exemplo, trocada por dois indivíduos pode gerar um contrato que renderá um resultado econômico.

As MÍDIAS SOCIAIS deixaram as MÍDIAS EMPRESARIAIS em dificuldades pela teimosia destas em privilegiarem o “capitalismo” como forma de desenvolvimento econômico, criando uma sociedade deformada através de um padrão de notícias e espetáculos que privilegiam interesses de CAPITAL sobre qualquer outro valor social, seja ele a INFORMAÇÃO, a FORMAÇÃO, o CONHECIEMENTO e a RAZÃO, como juiz de tudo e de todos.

Aliadas à ideologia “capitalista” reproduziram, as MÍDIAS empresariais, para si mesmas um desenvolvimento monopolista e censor a partir do MERCADO (ESTADO) que lhe concedeu o direito de exploração exclusivo de certos ambientes em todo o território. Curiosamente, a partir do mesmo discurso deformista vemos as MÍDIAS empresariais falarem mal do ESTADO dizendo defender o MERCADO, parecendo que falam de duas coisas diferentes. O ESTADO é o MERCADO onde todos nós estamos a realizar trocas.

Apesar de querer se mostrar como um PODER independente e moderador, a MÍDIA empresarial sempre se mostrou alinhada à ideologia econômica que estava em predomínio. No caso do BRASIL, desde sempre, esteve subserviente à ideologia do “capitalismo”.

Os conflitos de interesses entre a TECNOLOGIA e o CAPITAL observados criou um jogo de transferência de responsabilidades sobre toda a sociedade.

Hoje, cidadãos de todas as classes e de todas as ideologias tem acesso a informações sobre fatos e sobre atos e, também, sofrem estímulos produzidos pelo “capitalismo” para distorcer, desqualificar e manipular dados e informações que a MÍDIA empresarial agora associada a todas as mídias produzem ou reproduzem pela sociedade.

A sensação de angústia e de desconforto na sociedade parecem o anúncio de um parto. Alguém ou alguma coisa vai nascer e vai gritar para o mundo a sua chegada.

Vejo a TECNOLOGIA, praticamente livre e sem controle. Livre no sentido de não estar mais na dependência do CAPITAL para se impor ou se manifestar na sociedade. Pode escolher novos aliados assim como fez a TERRA e o CAPITAL na História Antiga e Moderna aqui divididas apenas para entendimento didático.

Se desejamos e desejarmos uma sociedade mais harmonizada precisamos:

Acreditando ter expressado os elementos que colhi ao longo de minhas observações na vida e na formação contábil sobre a forma em que nos movemos socialmente, apresento uma ideia de desenvolvimento de uma ECONOMIA PARTICIPATIVA em que todos e cada um estejam integrados na sociedade EMPRESA/ESTADO/MERCADO que denomino, neste estudo, como BRASIL S.A.

Parte I           Apresentação

Economia – Elementos               Conceituações

Uma pequena história

Moeda e sua função

Equivalência

Dimensionamento

Parte II          Introdução

Cenário                                            A Moeda

Capital Social

Sócios Acionistas

Ações Preferenciais e outras

Objeto Social

Missão

Funcionamento

Custos Sociais                                Infância

Adolescência

Maturidade

Velhice

Quadro Geral 2010

Quadro Geral 2018

Necessidades                                Alimentação

Saúde e Higiene

Educação

Vestuário

Lazer

Mercado                                         Apresentação

Ontem, Atual e Futuro

Mercado de Oportunidades

Equiparação de valores

Parte III           Resultados

Projeções                                        Fluxo de Produção

Fluxo de Trocas

Fluxo de Criações

Fluxo de Manutenção

Fluxo de Responsabilidades

Retro Alimentação (Tributos)

Bem Estar Social

Parte IV        Transição

Medidas                                          Reconstituinte

Reordenamento Jurídico

Reordenamento Institucional

Gestão Administrativa

Gestão Social

Diretivas Econômicas

Empreendedorismo


Faça a seguir uma contribuição pessoal com sugestão, comentário ou observação sobre o tema proposto – RBU Renda Básica Universal

Nome Social

 [RO1]Adam Smith escreveu sobre A Riqueza das Nações, em 1776, há 230 anos atrás, introduzindo idealizações dos valores coletivos de produção e distribuição que veio a produzir os fundamentos da Economia. Hoje em dia e, com o correr dos tempos, o termo ‘nação’ passou por diversas valorações e a delimitação de um espaço físico/político e geográfico cria visões diferentes a respeito da posse e significado desta riqueza. Elementos estranhos e subjetivos acabam se impondo na valoração dos bens, serviços e, desta forma, a riqueza de uma nação pode ser a decretação da miséria de outra. Sobre isto, iremos refletir.

 [RO2]Valores econômicos e culturais

 [RO3]Tal qual o símbolo – Moeda do Capital – hoje propicia mais a concentração do que a Distribuição da Riqueza pela auto-retribuição dos juros e pelo excesso em mãos de alguns e extrema carência na mão da maioria permite que se estabeleçam os valores de troca aleatória e unilateralmente, uma nova representação simbólica – a Moeda do Trabalho – permitiria uma real transformação nas relações de produção e consumo de bens e serviços com a conseqüente distribuição da riqueza coletiva. Embora nem todos tenham acesso ao Capital (e à sua moeda) e por esta razão estão excluídos do mercado de bens e serviços, com o Trabalho, genericamente, todos terão acesso aos bens e serviços necessários à mantença dos seus Direitos Fundamentais – Vida e Liberdade – assim como acesso aos bens de natureza pública ou bens coletivos que Homem algum, em princípio, abre mão em razão do convívio social, tais como água, ar, abrigo, alimentação, vestuário, etc.

 [RO4]Economia: Ciência social que estuda os processos de produção, distribuição, comercialização e consumo de bens e serviços.

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O que as pessoas disseram sobre isso:

Ricardo, nossa. Eu queria ler todo seu site antes de conversarmos mas está difícil. Apreciei demais sua ambiciosa disposição para propor saídas. Acho que vou ter de dividir minhas dúvidas com o mesmo rigor e meticulosidade que o anima. Conversa para mais de metro, como diziam os caipiras ! Prazer em conhecê-lo.

Oi, Ana! Nossos sonhos são, sempre, maiores que nossos braços e nossas pernas. Mas temos que nos aproximarmos deles. Vamos tentar.

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