Aprendendo a perder e a ganhar.

Aprendendo a perder e a ganhar.

(Ricardo Oliveira 11/06/2020)

J0-QUE-PÔ Papel, tesoura ou pedra, também chamado em algumas regiões do Brasil de jokempô^[1][2] (do japonês じゃんけんぽん, jankenpon) é um jogo de mãos recreativo e simples para duas ou mais pessoas, que não requer equipamentos nem habilidade.

Vivemos momentos intensos de incertezas e de manifestações que deixam a gente sem qualquer argumento senão recuar.

Recuar, não por desistir de alguma coisa, mas por perceber que “aquilo”, “aquela coisa”, ou aquela pessoa não é nada que dizem ser ou que se apresenta como sendo alguém.

Não estamos livres nem das confusões em família.

Se no passado, a expressão “ovelha negra” da família tinha até um significado de rebeldia e de provocação ao grupo, que significado podemos dar hoje às expressões: “rato da família”, “burro assumido”, “político da família” ou, ainda, ao significado da mãe, do pai, do irmão/irmã ou do amigo/amiga?

Pior, um pouco mais ainda, nas relações virtuais. Nestas, as palavras parecem às vezes como uma chuva de navalhas abertas e cortando ao sabor dos ventos.

Perdemos a capacidade de entender coisas simples, que brincadeiras infantis nos ensinaram.

O jogo Papel, Tesoura ou Pedra ensina que não há mais do que três resultados possíveis numa disputa para os dois ou quantos forem os jogadores.

Papel vs Papel, Tesoura contra Tesoura, Pedra x Pedra resulta, sempre, empate.

O jogo pode seguir eternamente. O resultado será sempre definitivo e sem argumentos que o modifique.

O Papel vence a Pedra e perde para a Tesoura. A Tesoura perde para a Pedra e ganha do Papel. A Pedra, por sua vez ganha da Tesoura e perde para o Papel. Sempre.

Hoje, jogadores que quando apostam na Pedra e o adversário jogou com o Papel, não aceitam o resultado e dizem ter uma Tesoura também ao seu favor. Uma demonstração inequívoca de que não sabendo perder, destrói o jogo, perdendo a confiança de todos.

Quem não sabe perder, não merece ganhar.

Quem sabe ganhar, reconhece que ganhou apenas porque o outro perdeu. Não importa a razão de sua vitória, mas sim que ela foi merecida, pois sabedor que respeitou as regras do jogo.

A maioria está jogando muito mal. E, a maioria parece nem estar participando do jogo e ‘bizarramente” está apenas fazendo coro aplaudindo e criticando quem está jogando.

Os que sabem jogar ora estão perdendo e ora ganhando quando não empatam.

Onde você está neste JOGO DA VIDA?